segunda-feira, 24 de março de 2025

Superpoderes das Hortícolas em S.Simão de Litém

As hortícolas laranjas ajudam, ajudam

No superpoder da visão…


As hortícolas roxas ajudam, ajudam

O superpoder da concentração…


As hortícolas verdes ajudam, ajudam

os músculos a ficarem fortes e resistentes.


As hortícolas vermelhas ajudam, ajudam

na proteção do coração.


E as amarelas dão o superpoder 

da resistência dos nossos ossos.


E com estes superpoderes, superpoderes 

Temos um corpo saudável.

Gabriel Ferreira, 3.º Ano

domingo, 9 de março de 2025

Quadras para a Cerimónia do Hasteamento da Bandeira Verde

 

I

Haverá no mundo gente

que se preocupe com o ambiente?

Haverá quem o não ofenda?

Haverá quem o defenda?

 

II

Haverá quem lhe estenda a mão?

Quem lhe dedique uma canção?

Ontem, ouvi dizer que sim,

Que nem tudo é assim tão ruim.

 

III

A Natureza tem muitos inimigos,

E  enfrenta enormes perigos,

Há por aí fumos, lixos e venenos

Que sujam e abalam os terrenos.

 

IV

No céu azul vejo fumos e poeiras,

Que se misturam no ar de todas as maneiras,

Se à terra descem e apanham alguém

Prejudicam todos e não poupam ninguém.

 

V

Os pesticidas amarelecem as plantas,

Entram pela boca, irritam as gargantas,

Não matam somente ervas daninhas,

Mas também sapos, aves e abelhinhas.

VI

Paira no ar um pó feio e espesso

E quando o respiro logo estremeço

Pergunto de onde vêm as poeiras

E há quem diga que são das pedreiras.

 

VI

No mar, navega um barco carregado

De diluentes e óleo contaminado,

Se por um azar encalha e afunda,

Mancha a praia de pasta negra e imunda.

 

VII

Vejo condutas ao longo das águas

De boca aberta a despejar as suas mágoas,

As suas lágrimas formam sopas malcheirosas

Que flutuam em ribeiras asquerosas.

 

VIII

Um caçador furtivo aponta a arma ao horizonte

E com um só tiro mata o rinoceronte,

Se o deixarem mata todos os que encontrar,

Até com a espécie toda acabar.

 

IX

Nos oceanos flutuam plásticos coloridos

Que são verdadeiras armadilhas para os peixes

Se calha a um deles os engolir

Pode asfixiar e se extinguir.

 

X

E os incêndios são outra ameaça,

Que não poupa nem cor nem raça,

As criaturas  tentam fugir dele para lugar seguro,

Mas não veem o caminho no fumo escuro.

 

XI

Nas rua, buzina a carrinha acelerada,

Na avenida, é grande a fumarada

É medonha a confusão aí instalada,

Para mais, deixa a gente irritada.

 

XII

 Para piorar, os fumos aquecem os ares,

Derretem de masinho os gelos polares

Sobem os níveis das águas salgadas

E ocupam as praias ensolaradas.

 

XIV

E. vendo tudo isto, o que fazer

No meio de tanto desprazer?

Acordar e fazer algo pelo planeta,

Gritar, estrebuchar, tocar trompeta…

 

XV

Declarar guerra cruel à poluição,

Soprá-la para longe, picá-la com ferrão,

Não lhe dar tréguas nem descanso,

Até que ela se torne inimigo manso.

 

XVI

Icemos uma bandeira de protesto

Contra tudo aquilo que detesto.

Não gosto de fumos pestilentos,

Nem de esgotos fedorentos.

 

XVII

Não gosto de máquinas ruidosas

Nem de fábricas ruinosas,

Quero um ambiente que não tenha nada disto

E que por todos seja bem-visto.